BRUXELLES, LA PORTUGAISE
(ou como a burguesia pode ser um entrave ao progresso)
Das marcas portuguesas no espaço urbano de Bruxelas, uma das menos conhecidas está em Saint Gilles, a dois passos da embaixada, na praça central daquela que é uma das comunas que mais portugueses acolhe. Num canto da praça Van Meenem, está um busto de Almeida Garrett, da autoria de Rodrigues Castro, artista português que aqui vive.
Apesar de eu ter "vivido" quase 3 anos com Garrett (nota: as fotos do livro são exactamente as desta estátua), foi só há dias que me lembrei, justamente a propósito de Garrett, de uma personagem que conheci em Luanda, numa tarde de sábado: circulava-se de grupo em grupo, entre golos de gin tónico (esse antídoto malárico que complementa o fim dos dias) quando vejo aquela senhora que, me explicou, numa frase, o sentido da sua vida - "A burguesia é o maior entrave ao progresso. É por isso que sou uma garretiana!".
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