15/02/2011


Uma questão de gosto



Na aprendizagem do que aqui seja o "belo", é preciso percorrer muitas estradas, galgar muitos caminhos e calejar muitas vezes a mão até assimilar padrões que nos são pura e simplesmente estranhos. O exercício é difícil mas fascinante.

Fascinante é também perceber que, em certos meios, o cúmulo de uma pretensa sofisticação é a reprodução mimética de um certo padrão interiorizado como sendo "europeu" e depois exacerbado para lá do que os próprios europeus poderiam conceber nos seus momentos mais arrojados. Aquilo que na Europa seria visto como gosto duvidoso por certos círculos, pode ser aqui apreciadíssimo justamente porque importa um padrão distinto e essa assimilação da alteridade, é um sinal de abertura do mundo.

Isto não é fácil para um "gaijin" (estrangeiro), sobretudo (ver foto em baixo) quando tem de estar sentado num sofá forrado a alcatifa durante duas horas...

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