HERCULANO
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A mátria andou excitada este fim de semana com os 200 anos do nascimento de Alexandre Herculano (vá lá, a excitação possível em matérias afins). Eu não. Eu não gosto de Herculano. Nunca gostei de Herculano. Embirro com Herculano. Tenho calafrios quando me lembro do débito escolar que me obrigou a conviver com Eurico. Irrita-me o tom barroquinho a preto e branco. O vozeirão a defender a magistratura moral. A deriva conservadora anti-setembrista. O providencialismo dum homem só. Os discursos parlamentares anti-desenvolvimentistas. O amuo ribatejano de quem achava que o país não o merecia. Ao menos à época Portugal era uma monarquia. Caso contrário, tenho para mim que Herculano teria concorrido à mais alta magistratura da Nação.
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