CADERNO DE MEMÓRIAS COLONIAIS, de Isabela Figueiredo
Se há uma coisa que a memória de Portugal tem de fazer é repensar o passado colonial e libertar-se duma herança historiográfica importada do Estado Novo, do luso-tropicalismo freyrista e do mito do português suave. Isabela Figueiredo tenta contribuir para tal (o que, em si, tem mérito) mas resvala para um testamento memorialístico para onde confluem Édipos mal resolvidos e panfletismos de mau gosto, resultando num texto (?) desarticulado e às vezes maçador. Esta tendência de resolver na literatura os problemas de casa (Martin Amis padece da mesma doença...) não me agrada.
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