03/08/2010



POSADA, A LIVRARIA SEM VERGONHA



Já aqui falei da livraria Posada (apesar da minha preferida ser a Tropismes). A Posada não deixa de ser, no entanto, um local mágico, hino de celebração às velhas livrarias, templos do saber dum tempo em que uma livraria não tinha ainda o aspecto, que agora infelizmente se generalizou, de supermercado asséptico ou de oculista de bairro chique. A Posada é uma livraria que não tem vergonha de ser livraria, que recupera a tradição do pó, que foi pensada para amigos que ali vão despidos de pressas, que folheiam os livros como um joalheiro de Antuérpia observa pausadamente um diamante por lapidar.





Foi fundada no início dos anos 70 por um casal holandês que se fixou em Bruxelas depois de ter andado a deambular pelo mundo. É uma livraria especializada no segmento “arte” em sentido lato e já lá comprei desde postais da Madeira dos anos 30 a um catálogo do Bacon de 1964. O nome ‘Posada’ vem do pintor mexicano José Guadalupe Posada.





A Posada ostenta uma colecção de objectos em torno dos livros, sendo a colecção de máquinas de escrever a mais vasta.



A célebre (embora discutível) lista de livrarias do Guardian colocou-a em 7º lugar como a livraria mais bonita do mundo.



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