Não só é a grande moda para a primavera - verão, como promove produtos nacionais.
Regresso a Itaca
Leituras. De livros e do resto.
04/05/2012
02/05/2012
11/07/2011
19/06/2011
17/06/2011
16/06/2011
BLOOMSDAY or the Irish spleen

Bloomsday celebrates the day on which the action of James Joyce’s novel Ulysses takes place, 16 June 1904, the day on which (we believe) Joyce first went out with his future wife, Nora Barnacle. The day is named after Leopold Bloom, the central character in Ulysses. The novel follows the life and thoughts of Leopold Bloom and a host of other characters – real and fictional – from 8am on 16 June through to the early hours of the following morning.
One of the earliest Bloomsday celebrations was a Ulysses lunch, organised by Sylvia Beach, publisher of Ulysses, and her partner Adrienne Monnier in France in June 1929. The first Bloomsday celebrated in Ireland was in 1954, the fiftieth anniversary of the first Bloomsday when the writers Patrick Kavanagh and Flann O’Brien visited locations like the Martello Tower at Sandycove, Davy Byrne’s pub, and 7 Eccles Street, reading parts of Ulysses and drinking a great deal as they went!
Today, Bloomsday is celebrated by Joyceans across the globe with readings, performances, re-enactments, and a host of other events. In Dublin, enthusiasts dress in Edwardian costume and gather during the day at many of the locations where episodes of Ulysses take place. The James Joyce Centre hosts Bloomsday breakfasts (including kidney, which Mr Bloom eats for breakfast in the novel) and other events in the run up to June 16 as well as on the day.
15/06/2011
AEROPORTOS, os não-lugares

Gosto de aeroportos. Gosto da azáfama, das correrias, dos olhares inquietos para os painéis de informação, das mangas que nos levam aos aviões (não consigo evitar o paralelismo com uma espécie de última caminhada para a morte), gosto dos cafés e das esplanadas com croissants secos ao preço de caviar Beluga, das lojas de bugigangas e chocolates (colega avisada dizia-me outro dia que lojas de aeroporto são locais onde compramos presentes para as pessoas de quem não gostamos), gosto da pose arrogante e impertinente das aero-moças (como dizem os brasileiros), gosto do contraste flagrante com o silêncio das zonas de oração dos aeroportos (em Bruxelas tem de se subir para um corredor esconso, sem escada rolante, que depois dá para uma grande janela cheia de luz - não sei se foi coincidência ou arquitecto tocado pela graça da fé), gosto da intensidade emocional que vai da alegria inominada à dor rasgada, gosto do lado multi-étnico dos terminais não-Schengen, gosto de passar aquela porta das chegadas e reencontrar qualquer coisa ou alguém (ou se reencontra a vida ou se torna a pô-la entre parêntesis). Gosto, enfim, de aeroportos, porque são "não-lugares", no sentido que lhe deu Marc Augé.
Não-lugares são sítios desprovidos de identidade, onde se acelera o tempo e se mergulha no excesso de espaço. Gosto de aeroportos porque em poucos sítios se pode estar rodeado de tanta gente, estando ao mesmo tempo irremediavelmente abandonado. Não há coisa mais moderna.
(Passaram ontem 25 anos da morte de Jorge Luis Borges. In memoriam pela biblioteca de Babel, talvez o mais famoso não-lugar da literatura do século XX).