O QUE É QUE O MATEUS TEM?
Podemos desprezá-lo olimpicamente mas é um campeão: no supermercado toquioita da minha rua, além do clássico Porto e do aqui popularíssimo Madeira, o único vinho português que tem direito a prateleira permanente é o da garrafinha bojuda do Mateus Rosé. Saddam bebia-o nos marmóreos palácios de Bagdad e os contentores mercantes cruzam mares levando este vinho aos mais remotos cantos do planeta. Mas nós, palato refinado por excursões parisieneses, recusamo-nos a consumi-lo dentro de portas.
Quando, em certa ocasião, tive para jantar em casa um grupo de colegas estrangeiros, chegado o momento de fazer de escanção e de perorar em defesa da rolha de cortiça, um dos convivas atalhou: Are you serving us the famous Portuguese Mateus Rosé? Pois não ia e fiquei descoroçoado. Mas agora já sei onde se pode comprar. Da próxima vez, levam com ele.
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